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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sem título sob "Memória de Poliédrica Luz" - por VBA


Embrulhou-se diametralmente no seu fato cinzento e pôs a trela mais colorida que encontrou no armário para enganar a prisão de movimentos (e pensamentos) a que o seu corpo se votava. Olhou para trás acarinhando a esperança de vislumbrar os dias em que a liberdade não era nem mais nem menos do que sair para a rua cálida e titubeante de encontros e surpresas que sem pressa se desencontravam dos olhares menos atentos.
Mas a rua não estava lá, nem sequer a tinta dos dias estava lá, só a mistura embotada de preto e branco lhe tisnava a íris mastigada pelos dias...

3 comentários:

  1. Ahah que pesar meu caro. Tocante, não obstante a tónica, atrevo-me a dizer biográfica. Votos de um bom trabalho.

    Pedro Lima

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  2. Excelente o texto: pungente, conquanto desenhando bem uma condição urbana de desamparo e desolação, como se mãos e passos ao dependuro de uma trela. Parabéns.

    L. filipe pereira

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