
Embrulhou-se diametralmente no seu fato cinzento e pôs a trela mais colorida que encontrou no armário para enganar a prisão de movimentos (e pensamentos) a que o seu corpo se votava. Olhou para trás acarinhando a esperança de vislumbrar os dias em que a liberdade não era nem mais nem menos do que sair para a rua cálida e titubeante de encontros e surpresas que sem pressa se desencontravam dos olhares menos atentos.
Mas a rua não estava lá, nem sequer a tinta dos dias estava lá, só a mistura embotada de preto e branco lhe tisnava a íris mastigada pelos dias...